Médica do HRT é exonerada após mulher grávida ter atendimento negado e morrer, no DF

  • 24/04/2024
(Foto: Reprodução)
Tairine, de 30 anos, chegou ao hospital passando mal, mas funcionária disse que não poderia ser atendida porque não morava na região. Secretária de Saúde disse que será aberta sindicância para investigar caso. Emergência do HRT. Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O governo do Distrito Federal (GDF) exonerou a médica responsável pela obstetrícia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A decisão ocorre após uma mulher grávida morrer ao tentar atendimento no hospital (veja detalhes mais abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp Tairine tinha 30 anos, estava grávida de dois meses do primeiro filho, e chegou ao hospital passando mal, mas teve o atendimento negado. O marido dela contou que uma funcionária disse que Tairine não poderia ser atendida porque não morava na região. A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, afirmou que será aberta uma sindicância para investigar o caso e que a pasta "não compactua com nenhum bloqueio de acesso de porta". "O fato de chegar em uma cidade e ser removida para outra região considerando referência é preciso que se tenha a estabilização, é preciso que haja uma hemodinâmica estável, é preciso que haja um contato, uma transferência com segurança", disse a secretária. Depois de não conseguirem atendimento no HRT, Tairine e o marido começaram uma verdadeira peregrinação em busca de socorro: passaram pelos hospitais de Samambaia e Ceilândia, sem sucesso. Depois de um dia inteiro de tentativas, ela e o marido voltaram para o Hospital de Taguatinga, mas o quadro de Tairine já tinha se agravado, e ela não resistiu. "Todas as inconformidades que foram, ou possam ser observadas, os profissionais terão oportunidade de se justificar e responder pelo fato ocorrido. É uma orientação nossa diuturnamente: que o paciente precisa ser acolhido, precisa ser cuidado", afirmou Lucilene Florêncio. 'A gente começou a gritar por socorro' Tairine e o marido, em imagem de arquivo Reprodução O marido de Tairine, Max Oarley da Silva, conta que a esposa começou a se sentir mal no começo da semana passada, e na manhã de sábado começou a tossir sangue. Eles foram até o HRT, ela fez a triagem e recebeu pulseira laranja, mas uma funcionária disse que ela não poderia ser atendida porque não morava em Taguatinga; Então, Tairine foi levada até o Hospital de Samambaia em uma ambulância. Sem conseguir atendimento, ela foi encaminhada para o Hospital de Ceilândia. De acordo com o marido, lá os funcionários alegaram que tinham muitos partos naquele dia, e por isso não conseguiriam recebê-la. Depois de não conseguir ser atendida em nenhum hospital, eles voltaram para o Hospital de Taguatinga, mas quadro de Tairane já tinha se agravado. "A gente começou a gritar socorro, aí que o pessoal da sala vermelha saiu. Pegaram a maca, ela caiu no chão. Praticamente na minha mão eu senti que ela estava falecida já. Mas a gente ainda tinha esperança", conta Max. O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (Sindmédico-DF), Gutemberg Fialho, disse que a demora no atendimento dos pacientes na rede pública se deve à insuficiência de profissionais médicos. "Essa demora ocorre não só nos ambulatórios, nas consultas. Ocorre nos pronto socorros, nas UPAs, o que tem gerado violência que está sendo noticiado diariamente. Nós precisamos contratar mais profissionais para atender com mais rapidez a população e reforçar a segurança nessas unidades para que os profissionais trabalhem com conforto e a população seja atendida em segurança", afirmou Gutemberg Fialho. LEIA TAMBÉM: PERÍCIA: Celulares encontrados em barco com mortos no Pará estão 'prejudicados' pois ficaram presos aos corpos em decomposição, diz PF RECANTO DAS EMAS: Mãe invade escola do filho e agride dois professores no DF Leia outras notícias da região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2024/04/24/medica-do-hrt-e-exonerada-apos-mulher-gravida-ter-atendimento-negado-e-morrer-no-df.ghtml


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